terça-feira, julho 24, 2007

A VOLTA VISTA POR UM PARTICIPANTE (Parte 3)







Mais um amanhecer, mais um madrugar, sim 9h da manha é violento, sim estamos de férias mas parte do ditado aplica-se ”…cedo erguer dá saúde e faz crescer”, bem saúde e fazer crescer não sei, mas que a paisagem e a localização da pousada são excepcionais, não tenham duvidas, são um autentico deleite para a vista e para a alma. Depois de um pequeno-almoço com vista para o Guadiana e Espanha na outra margem à que arrumar a trouxa e fazer uma pequena visita por Alcoutim, afinal de contas chegamos de noite e nada tínhamos visto.

Seguindo por uma estrada de serra e com vários ataques de vespas, a Mónica foi vitima do tal insecto, lá seguimos na direcção de Mértola que dentro da sua muralha altaneira domina a paisagem, bela terra. Mantendo o nosso “road-book”, passamos pela Mina de S. Domingos e veio à memoria a recepção do amigo Domingos no nosso 1º dia de viagem, para ele um bem-haja, nesta localidade o que mais nos chamou a atenção foi a espectacular praia fluvial, seria do calor???, talvez mas há que continuar viagem e depois de uma passagem por V.V. Ficalho, lá seguimos para a famosa Barrancos onde descobrimos que almoçar depois das 14 h é impossível, mas umas belas bifanas e uns queijinhos secos acompanhados pela bela da bejeca cai sempre bem, ainda bem que o café Central estava aberto.








Após o período de refeição, repouso, fotos e abastecimentos para quem precisava, cá eu só necessitava de gelo, à que seguir viagem passando pelo Alqueva, Mourão, Reguengos de Monsaraz e Elvas, onde se imponha uma visita ao aqueduto, depois de mais uma sessão fotográfica há que tomar um cafezinho, para nossa surpresa quando nos preparávamos para arrancar, aparece o amigo Galvão que fez questão de nos cumprimentar e dar uns dedos de conversa, é sempre agradável encontrar bicavalistas amigos.
Mas a viagem tem de prosseguir e lá com muita pena nossa em deixar tão agradável companhia nos fizemos à estrada, mais uns kilometros e cruzando o Alentejo em velocidade de cruzeiro passamos por Campo Maior, é verdade que cafezais não vi nenhum, se calhar estavam escondidos.

Entrado em Portalegre dirigimo-nos para o parque de campismo que para nosso espanto estava fechado, ninguém nos tinha dito nada, mas não há problema depois de ver os nossos folhetos descobrimos que havia uma pousada, a questão do alojamento está resolvida, agora é preparar para ir jantar, este foi-nos proporcionado pelo Clube 2CV de Portalegre que nos surpreendeu com este gesto de boas vindas e amizade, aos os quais conseguimos expressar de uma forma conveniente o nosso agradecimento, mas depois de muita conversa, para alguns o dia seguinte era de trabalho para outros que era o nosso caso de viagem, despedidas calorosas e os votos de que voltaríamos para o próximo evento destes nossos amigos. Mais um dia passado e agora há que dormir afinal temos de continuar a subir …

sábado, julho 21, 2007

A VOLTA VISTA POR UM PARTICIPANTE (Parte 2)






O segundo dia desta aventura começa húmido pela chuva caída durante a noite, mas os corajosos que acamparam, lá tiveram que levantar o dito acampamento, há que vazar colchões desmontar tendas e acondicionar tudo novamente nos bólides que são os 2CV.

Depois de um pequeno almoço para retemperar as forças deixamos Porto Covo em direcção da ilha do Pessegueiro, pêssegos não vimos, mas a paisagem era linda, há que fazer mais uma sessão fotográfica e seguir para sul, para marcar o primeiro canto deste nosso belo rectângulo à beira mar plantado, que era nem mais nem menos que o Cabo de S. Vicente com o seu “castelo” em forma de cotonete gigante que se ilumina de noite e de Sagres com o seu belo “farol”, que era candidato às 7 maravilhas de Portugal.

Tivemos algum “azar” é que estava uma ventania tremenda, julgo que é raro lá por aquelas bandas (isto é a malta na reinação, aquela zona é mesmo ventosa).
Há que seguir viagem depois de sair de Sagres, onde não vimos a fábrica da cerveja, tomamos a famosa EN 125, até Lagos onde almoçamos e fomos roubados, conselho não vão ao restaurante Baia.
A viagem prossegue até Tavira, com uma paragem memorável num pequeno café onde a musica ambiente era Kizomba e havia baile o pessoal bastante amistoso estranhou o facto de ver 6 pessoas tão branquinhas entrar naquele ambiente mas tudo bem. Fazendo uma pequena flexão pelo interior algarvio deixem a praia e visitem o interior são só alguns kms e é bem bonito. Após a visita e a conversa com uns familiares de um dos participantes em Tavira lá seguimos para marcar o segundo canto do rectângulo que se situa em V. Real de S. Antonio, onde nos aguardava um cicerone local, a Ana que nos recebeu de braços abertos e um sorriso, depois de uma conversa animada lá fomos a Ayamonte - Espanha abastecer e o gozo que foi ver a cara do funcionário da bomba sempre que passava por mim e via o nº de litros que eu ia metendo no deposito, como vos disse a viatura que utilizei neste passeio foi-me cedida pelo amigo Simões do 2CV Santuários e tinha algumas características muito especiais uma delas é que o deposito leva 60 litros, agora imaginem a cara do tipo da bomba, até se baixou para ver se o deposito não estava roto. No final só não foi agradável o que tive de pagar, mas mesmo assim ganhei para o jantar que teve lugar em V. Real de S. António na companhia da nossa cicerone Ana, mas antes deste repasto passamos por Castro Marim que ao por do sol e ao anoitecer tem um encanto e uma beleza que só vistos.
Depois de ter-mos a barriguinha cheia ainda tínhamos de nos deslocar até ao local de pernoita que era nem mais do que Alcoutim, sim tínhamos de estar na Pousada da Juventude até às 24Horas e chegamos mesmo na ultima badalada, inscrições e registos feitos à que nos instalar-mos e foi então que descobrimos os “prazeres” da Internet de raspadinha, que deu para que alguns de nós, eu incluído tivéssemos a alimentar o blog criado especificamente para este evento, bem dormir foi só lá para as 3 e tal da manha e assim mais um dia se passou com muita animação e sobretudo sem nenhum acidente ou incidente, há que ir dormir…

segunda-feira, julho 16, 2007

A VOLTA VISTA POR UM PARTICIPANTE ( Parte 1)








As saudades começaram logo que a Volta acabou, mas para o ano há mais, por isso aqui vai o relato da minha pessoa a este evento em que tive o prazer e privilegio de participar e ajudar a organizar, ok eu sei malta (Zé e João) podia ter feito mais.
Dia da partida a ânsia e as expectativas eram muitas, carga acondicionada e ala para o ponto de encontro, um café na M. Grande, que por acaso estava fechado, logo se encontrou outro, depois de alguma conversa há que tomar o volante nas mãos para ir para o ponto de partida. O 1º incidente e foi logo comigo, a coluna de direcção mais propriamente o pinhão parte. Há que resolver a situação, liga-se a um amigo e logo se arranja uma solução, vem o reboque que transporta o Hagar até ao 2CV Santuários, onde nos aguarda o Simões que logo pôs à disposição o seu veiculo particular para que a Volta tivesse o nº de participantes e viaturas previstas. Desde já o meu agradecimento público ao Simões e á equipa do 2CV Santuários, que fez as preparações necessárias para eu poder seguir viagem.
Depois da transferência da bagagem e dos conselhos quanto à especificidade da viatura que eu ia levar, seguimos para o ponto de partida oficial, S. Pedro de Muel. Eis quando ao arrancar no meio do pinhal de Leiria para uma sessão fotográfica, afinal tínhamos um fotógrafo para documentar a partida, acontece o 2ª incidente um toque por de trás do João no Zé, mais um atraso a acrescentar ás 3 horas que já tínhamos e ainda não chegamos ao ponto de partida. Questão resolvida lá chegamos ao “castelo” de S. Pedro de Muel mais fotos mais conversa e a partida é dada oficialmente, ok o atraso já se cifra em cerca de 4 horas mas há que tentar cumprir o estabelecido e assim sendo lá vamos nós juntinho á costa passando pelo Sitio da Nazaré, S. Martinho do Porto entre outros locais, chegando a Peniche onde não podia faltar uma visita ao Cabo Carvoeiro, e se apreciou a bela vista assim como o seu “castelo” altaneiro.
A hora de almoço já tinha passado mas há que comer qualquer coisinha e como tal fomos ao Meia Via onde se degustou um belo peixe fresco, ora os nossos anfitriões ofereceram-nos os cafés de fim de refeição com o nosso compromisso de promover este acolhedor restaurante.
Partida de Peniche com destino ao Cabo da Roca, desta vez o azar bateu à porta do João que estava com problemas de carburação e bobine, que ao fim de algum tempo lá se resolveram, mais alguns atrasos ao horário e assim sendo a família Domingos que nos aguardava no cabo da Roca apanhou alguma seca, mas lá chegamos e alem dos nossos anfitriões tivemos o privilegio de ser recebidos pelo presidente da junta de freguesia de Colares que nos agraciou com algumas recordações. Depois de muita conversa que duraria toda a noite tivemos de nos fazer novamente á estrada, como o atraso em termos temporais era bastante tivemos de atalhar, assim sendo fomos direitos a Grandola onde se petiscou qualquer coisinha a enganar o estômago, seguindo depois novamente para a costa, Sines e as suas refinarias e por fim Porto Covo onde acabamos por pernoitar. Montar tendas e tentar dormir, sim porque já não existem campistas, e os nossos vizinhos do lado não sabem respeitar a hora de silêncio, mas lá se dormiu até com a chuva que caiu nessa noite.